[Ponte]
Ayy, sonho com a mão no play,
Faço o rap e o beat,
Mas é o que me tem.
Ayy, ayy, um sonho, quem não tem?
Quantos álbuns eu soquei,
Pra lixeira mandei.
[Verso 1]
Essa bitch quer meu cash,
Ela não sabe que eu sou o pior.
Já mostrei que eu sou fashion,
Em cada estilo, eu sou o melhor.
Mano, eu tô acima do nível,
De cada um de vocês, eu só tenho dó.
Eu não sou cria do Rio,
Sou de Fortal, mas mantenho o sauce.
[Refrão]
Elas querem meus ice, mas eu não vou dar.
Querem meu dinheiro? Digo: sai pra lá.
Não posso contar nos dedos o quanto que eu tenho.
Não só, não só um sonho.
[Verso 2]
Peguei minha bag, nunca tá leve.
Pego meu cash, dinheiro de leve.
Ela é interesseira, aparência maneira.
Vamos pra lá, quero ir a noite inteira.
[Ponte]
A mina levou todo meu dinheiro, irmão.
Quero saber como sair dessa situação.
Passei dificuldade, mas tenho dom.
Eu tenho, eu sei que tenho um sonho.
[Verso 3]
Agora pra valer, me diz:
Quanto que cê tem pra comer?
Não adianta ler, sei que
Cê quer que eu escolha você.
Tira o Datena, essa mina nunca se aguenta.
Fala que é tão grande quanto a venta,
Eu tenho prova, então não inventa.
Sei que cê tenta, bitch,
1 e 70 contei só pelo meu pé, yeah, bitch.
2 e 70 de altura, se você contar com meu cash, bitch.
Aqui é roxo. "Tipo Nubank?" Não, é tipo Grape Crip, bitch.
Cês não aguentam, podem até tentar, mas não inventam.
Miscigenado animal, pardo é papel, sou feito de nota fiscal.
Vai assistir umas novenas! Mina é da igreja, parece do capeta!
Cuidado, irmão, pra não te confundirem com o boi da cara preta.
Eu não conto em 100, conto em 200, e não é nota, é poema.
Cê se acha vingativo? Sou pior,
Arquitetei todo um plano, cê nem imaginou.
Mano, o moleque, se parar pra ver,
É pior que todos vocês, cês não crê.
Ele é cafetão na própria namorada.
Melhor fugir, cê caiu numa cilada.
Fugir, correr, te ajuda a pensar.
Mente escura, não quero voltar.
Foge, foge, não adianta cê correr,
Seu maior inimigo é sua morte.
Corra pro sonho, não pressuponho,
Jamais subestime aqueles bisonhos.
"Loucos são gênios!", mas não me imponho.
Einstein com a língua, a minha em ti ponho.
Eu sou poeta, não falso profeta.
Só faço umas merdas, mas eu sou humano.
Não masterizei nem o português, imagina o inglês.
Mas perto de mim, cês viram freguês.
Cansei desse game, bitch!
Pego sua ex e faço um sandwich.
Cês são tudo gay, bitch!
Não tem problema, mas tenho limite!
(É PIADA)
[Refrão (2x)]
Elas querem meus ice, mas eu não vou dar.
Querem meu dinheiro? Digo: sai pra lá.
Não posso contar nos dedos o quanto que eu tenho.
Não só, não só um sonho.